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Lisboa, 20 de Maio de 2010. A comunidade OpenOffice.org informa que a Petrobras iniciou neste mês o processo de instalação do BrOffice.org, o nome que o OpenOffice.org tem no Brasil, no seu parque de máquinas, estimado em 90 mil computadores. As instalações deste programa de código aberto, que pode ser descarregado e utilizado gratuitamente por empresas e utilizadores domésticos, devem estar concluídas no prazo aproximado de dois meses. Ao todo, o novo software contemplará um público interno de cerca de 100 mil pessoas, que serão também formadas na utilização da nova ferramenta. A estimativa é que o processo gere uma redução de pelo menos 40% relativamente à aquisição de licenças pagas de software proprietário equivalente.
De acordo com a coordenadora de projectos de Tecnologia da Informação da Petrobras, Márcia Novaes, a adopção do OpenOffice.org/BrOffice.org deu-se a partir das análises de viabilidade técnica da ferramenta, que concluiu que o software tem maturidade tecnológica e é adequado às necessidades da companhia. Entretanto, o factor determinante foi o económico, afirma Márcia. “Também definimos a mudança da norma interna de documentos e adoptámos o ODF, que é uma norma aberta com especificações de domínio público, plenamente suportado pelo BrOffice.org”, completa Márcia Novaes.
Para que a novidade seja rapidamente absorvida pelos utilizadores, o projecto prevê três fases, conforme esclarece o analista líder do projecto, Gil Brasileiro. Na fase actual, a de instalação do OpenOffice.org/BrOffice.org, as aplicações estão a ser instaladas nas máquinas, os utilizadores estão a ser informados de que existe uma nova ferramenta, e formação que pode ser acedida no próprio computador. Na segunda fase, o foco vai ser a comunicação corporativa da implantação em vários meios, estimulando o uso do produto. Por fim, a última etapa será de adequação de licenças, em que cada sector poderá avaliar as suas reais necessidades e optar por manter a aplicação actual com custos de licenciamento atribuídos ao departamento.
A coordenadora Márcia esclarece que alguns sectores manterão as licenças para esses programas. São os sectores que necessitam de funcionalidades específicas ainda não atendidas pelo OpenOffice.org/BrOffice.org, ou que utilizam programas que dependem dos softwares de folha de cálculo e edição de texto proprietários usados actualmente.
“Uma das estratégias de adequação de licença é que, a partir de um determinado momento, os usuários não recebam mais o software proprietário, apenas o BrOffice.org”, explica Gil. Se houver necessidade de outra ferramenta, o gerente daquela área poderá fazer uma solicitação, justificando o pedido e arcando com os custos associados. Para efectuar a formação dos funcionário, a Petrobras contou com o apoio da comunidade OpenOffice.org/BrOffice.org. “Pedimos para que fossem mapeadas as maiores dúvidas dos usuários de BrOffice.org”, explica Gil Brasileiro.
Na fase preparatória do planeamento da implementação do OpenOffice.org/BrOffice.org, a equipa da Petrobras teve reuniões com gestores que lideraram processos de migração para o programa em outras empresas brasileiras, como o Metro de São Paulo, o Banco do Brasil, Itaipu e Serpro. Além do Openoffice.org/BrOffice.org, a Petrobras também migrou para o navegador de internet Firefox. Estas duas experiências com software de código aberto, cujo planeamento se iniciou em 2008, são pioneiras na Petrobras, em postos de trabalho. Em muitos servidores, a empresa já utilizava o sistema operativo GNU/Linux. Uma reportagem mais detalhada da implementação do OpenOffice.org/BrOffice.org na Petrobras está disponível na edição 11 da Revista do BrOffice: http://www.broffice.org/revista
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